terça-feira, 22 de novembro de 2011

Com olhos de ver.

“A vida não é justa, pois não?” – é uma fala do malvado do tio no “Rei Leão”, mas é também um pensamento que, inevitavelmente, nos atravessa a mente, sempre que o destino nos prega partidas.
Partilhar momentos, linhas de meditação, alguns conselhos, (que, tal como os caldos de galinha, só os toma quem quer), reflexões sobre o dia-a-dia e palavras de esperança. Erva Doce é o meu nome. “Para amarga, basta a vida”, oiço eu dizer. Erva doce sou eu. Dizem que o meu nome traz a doçura duma casa de avó com bolos a cozerem no forno ou o aroma reconfortante do incenso a queimar devagarinho, devagarinho…
Acenda um pauzinho de incenso comigo. Se tiver vários aromas, escolha o que melhor se adaptar ao seu estado de espírito, neste momento. Chegue-lhe o fogo com um palito de fósforo, a fim de preservar as virtudes do incenso. Já partilhámos um momento, viu?
Aqui, chove. Com a chuva, o tempo entristeceu. Tudo parece cinzento. Mas é essa a grande questão: ser e parecer. Se olharmos bem, mesmo que seja preciso piscarmos uma ou duas vezes os olhos, as cores verdadeiras estão lá. Sempre estiveram! O jasmim é bem verde com a sua flor branca, os limões continuam amarelinhos, as rosas ainda são vermelhas… É o nosso coração que, às vezes, se deixa contagiar pelo clima tristonho e põe um véu cinzento em tudo o que nos rodeia.
Veja bem! Nada muda por “ironia do destino”…
Também cada um de nós tem as suas verdadeiras cores, que disfarça das maneiras mais variadas, com acções, com roupas, com penteados, com palavras… até com perfumes. Nem sempre de forma intencional. Porém, faz falta, nos dias que correm, ver “com olhos de ver”. Olhamos mas não vemos. Olhamos mas não interpretamos aquilo que presenciamos. Olhamos mas não reflectimos. Olhamos mas continuamos indiferentes.
E se nós fizéssemos pequenas… experiências de amor pela vida? É um desafio que lhe faço.
Olhe, com mais atenção, para todos com quem contacta no dia-a-dia (família, colega, amigos,…). Tente perceber alguma coisa de positivo, que ainda não tenha visto, em cada uma dessas pessoas. Proceda da mesma forma, especialmente, com aqueles por quem não sente grande afeição. Concentre-se nesse pormenor. Em ocasiões futuras, procure essa característica positiva. Aos poucos, vai começar a encarar de forma diferente essa pessoa e o contacto a ser mais agradável. Já pensou que alguém pode estar a procurar em si os seus pontos positivos? Sorria!
Erva Doce

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